A PIPA QUE NÃO VOAVA
Ele passou dias desenhando o projeto.
Queria uma pipa impecável: simétrica, leve, firme, invencível ao vento.
Comprou os melhores materiais, escolheu os papéis mais caros, ajustou cada nó com precisão de quem tem medo de errar.
Porque, no fundo, o que ele queria mesmo…
Era que desse certo.
E "dar certo", para ele, significava controle.
Voar alto.
Ser visto.
Ser aplaudido.
Ser referência.
Mas a pipa não voava.
Ele tentava, ajustava o rabiola, trocava o vento de lado.
Nada.
O céu parecia resistir.
Do outro lado da rua, uma criança com uma pipa amassada, feita de jornal velho e fita colorida, sorria.
A dela voava.
Voava como quem não precisa provar nada.
Como quem confia no vento.
Como quem entrega.
Na tentativa de tudo dar certo, ele esqueceu da coisa mais importante:
o céu não responde ao controle, ele responde à entrega.
No Reino, as coisas não dão “certo”.
Elas frutificam.
Fluem.
Cumprem propósito — mesmo quando parecem voar tortas.
A síndrome do “tem que dar certo” rouba o discernimento, intoxica a leveza e alimenta o orgulho.
O Messias nunca disse: "façam dar certo".
Ele disse: “Permaneçam em mim, e darão fruto.”
(João 15:5)
E fruto não é resultado de esforço...
É resultado de conexão.
Então, talvez hoje, você só precise soltar a linha.
Deixar o vento fazer o que só ele sabe fazer.
E lembrar que o céu, às vezes, só sopra onde há rendição.
A crônica de hoje está diferente mas é necessária para nossa meditação das coisas diárias nas quais estamos sendo moldadas!
Reflita sobre isso comigo !
Com amor e propósito, Carol
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