No Abismo da Consciência
De repente, seu mundo desmorona.
O que parecia real, dissolve-se.
O caminho que seguia já não existe,
E o que acreditava ser verdade, não passa de ilusão.
Afinal, quem somos?
Quem são aqueles que caminham ao nosso lado?
O que esperar, quando tudo o que sabemos já não é?
Como dizer à mente que se enganou?
Como resignificar, reconstruir,
Trocar o conhecido pelo incerto,
Se nem sabemos o que realmente é?
O ser humano carrega um vazio…
Vazio de identidade. Vazio de propósito.
E nesse vazio, onde confiar?
Onde não se ferir?
Onde encontrar solo fértil?
Onde estão aqueles que amam a verdade?
Ou será que a verdade que amam é a corrupção?
O homem parece fascinado pela dor,
Atraído pela ilusão,
Seduzido pelo próprio abismo…
Fruto da queda, da escolha, do pecado.
Mas o que estamos construindo?
Onde podemos repousar em segurança?
Onde o coração encontra refúgio?
Palavras… apenas preenchimentos do vazio?
Ou sementes que brotam no tempo certo?
Quando tudo o que cremos se dissipa,
Olhemos para o alto.
Que o Pai nos sustente de pé,
Antes que o chão desmorone sob nossos pés.
Por Carolina Miranda
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